segunda-feira, 13 de julho de 2009

O QUE VOCÊ REALMENTE QUER?

Muitas pessoas ficam perdidas quando lhes são feitas esse tipo de pergunta. Quando alguém pergunta a outra sobre o que quer realmente, muitas e muitas vezes acabam falando do que elas não querem ou ficam sem saber o que responder. Na verdade essas pessoas não têm culpa por agirem assim, pois foram colocadas num estado de limitação e presas em determinadas crenças que as induziram a reagirem dessa forma. Foram ensinadas, pressionadas ou porque não dizer também “coagidas” a não saberem o que realmente quer.

Limitações vindas através de seus pais ou família de um modo geral, limitações imposta pela sociedade em que vivem, a condição financeira, a política, a religião e etc. Terminam sendo fatores limitantes de todo o potencial humano para fazer com que se adéqüem as normas estabelecidas por um sistema que nos diz o que fazer e o que não devemos fazer. Somos avaliados e nos dado um valor que muitas vezes não condiz com a realidade. Somos cobrados diariamente, seja na escola, em casa com a família, na universidade, no trabalho, nos relacionamentos, no trânsito, no centro da cidade, em algum momento de lazer, no shopping, em como nos vestimos, no que falamos e como falamos, com quem andamos ou o que fazemos e o que somos. Enfim, somos alvo de avaliações e pré-julgamentos que por fim nos rotulam com uma nota positiva ou negativa, de modo que, somos tratados ou aceitos mediante esse “valor individual” no qual somos avaliados. A maneira pela qual somos tratados é diretamente proporcional aquilo que aparentamos ser ou ter. Infelizmente essa é a mais dura realidade, mas todos nós sabemos disso, isso não é novidade.

Portanto, passamos boa parte de nossa vida tentando descobrir quanto valemos e inconscientemente ou não de como teremos esse determinado valor. Muitas vezes descobrimos que o nosso valor atual consiste em como somos úteis num determinado tempo, condição, meio ou pessoa. Se analisarmos a fundo, em algum momento corremos o risco de ficarmos frustrados com o que encontramos. Mas tudo isso é parte de algo ainda maior que nos fazem querer o que nos não queremos muitas vezes, mas sim, de querermos o que não condiz com nossa natureza, nosso talento, nossa conexão com o mundo e com a vida. Tudo isso acaba nos limitando por completo. Devemos procurar o que realmente nos atrai, o que nos preenche enquanto vivos. O que satisfaz o nosso Ser? O que nos torna conectados com a vida e paralelamente o que nos move, nos impulsiona, o que nos faz vibrar, sonhar, ou sorrir? É disso que falo. A maioria das pessoas estão tão presas em seu mundo delimitado que no final acabam aceitando qualquer coisa, inclusive uma esmola. Terminam se viciando nesse ciclo que cada vez mais cria essa dependência química nos forçando a sermos dependentes desse sistema que escraviza.

Reclamações como a falta de um emprego ou um negócio ideal, ou a condição financeira ideal ou um relacionamento ideal, ou qualidade de vida ideal e assim por diante... São geralmente ditas ou escutadas de diversas formas, mas a verdade é que as pessoas não enxergam ou simplesmente não querem enxergar que diante delas está a solução. Uma das coisas que as pessoas mais procuram é um sentido que mova a vida delas... um “ideal”. Porém, o que vem a ser realmente um ideal? Será que é apenas uma palavra legal que achamos estar “abafando”, dando um sentido de importância? Claro que não. Então, para sabermos o que seremos, como estaremos ou que teremos, temos inicialmente que analisar de verdade o significado da seguinte pergunta: “O que você realmente quer?”. E isso não é atôa. E essa mesma pergunta dar margem a tantas outras que poderão influenciar ou não em sua resposta ou decisão final. E é preciso ter certa cautela ao fazermos esta pergunta e estarmos devidamente tranqüilos ao respondê-la, pois de acordo com o que nós realmente quisermos poderá se manifestar de várias maneiras que poderão mudar sua realidade atual que resultará numa vida construtiva ou não. Então vejamos. Se perguntássemos há certo número de pessoas para sabermos o que elas querem realmente, teríamos algo do tipo:

- Quero um teto, saúde e muito dinheiro;

- Quero viajar e conhecer vários lugares do mundo;

- Quero um carro;

- Quero uma pessoa especial, que me ame e que cuide de mim;

- Quero ser aprovado em algum concurso e viver numa vida estável sem me preocupar tanto com minha velhice e etc.

A lista é enorme, mas vamos realmente analisar o que se esconde por trás desses “querês” com certa atenção.


Bom. Todos são pedidos muito louváveis, mas não estão de forma objetiva. Não possuem uma descrição detalhada daquilo que se quer e, é aí que exatamente acontece o primeiro erro. A não descrição do que se realmente quer. Vamos ao primeiro da lista. Creio que a maioria das pessoas insatisfeitas com seu atual emprego ou negócio queiram naturalmente mudar para novos ares.

Mas com isso surgem novas perguntas:

Que tipo de emprego ou negócio você realmente quer? Como imagina ser esse novo emprego ou negócio? Como se sentirá no dia em que estiver nesse determinado emprego ou negócio? Até que ponto isso mudará sua vida? Isso lhe trará a felicidade? Mas o que é a felicidade? Quanto tempo durará essa felicidade? Serei realmente feliz obtendo o que estou querendo? O quanto é estar feliz? Como pode observar, é um tanto complicado encontrar uma resposta e antes de tudo é bom saber algumas coisas a respeito.


Primeiramente, o que queremos dependerá de nossa experiência vivida e talento e, devemos ter a consciência de que, o que queremos provavelmente poderá mudar algo em nossa atual realidade quando tivermos o que queremos. Qual certeza teremos que o que nós queremos iremos receber, quando e como? E meu pedido está realmente de acordo com meu Ser?

O principal motivo que leva alguém a não conseguir o que quer é simplesmente por não saber o que quer de verdade. A clareza é essencial para se obter o que quer. Ela leva ao poder de agir, que é a base da realização, da satisfação e da felicidade na vida. Muitas vezes nos sentimos sufocados em nossas vontades por insegurança, vergonha ou excesso de compromisso. Quando deixamos isso de lado, nos focando naquilo que é mais importante em nossas vidas, experimentamos uma sensação de bem-estar e passamos a dar uma contribuição maior ao mundo e a nós mesmos.

Agora relaxe um pouco e tente responder a mais uma simples e poderosa pergunta... O que você realmente ama fazer? Imagino que tenha ficado sem resposta imediata, mas porque isso aconteceu? Somos condicionados desde jovens a não dar importância a nossos talentos e ao que amamos fazer. Infelizmente, até nos tratamos assim e tratamos pessoas que nos amam dessa maneira errada. É ciente que, os métodos educacionais em nosso país e no restante do mundo não é o melhor ou o mais adequado modelo de aprendizagem. Estamos acostumados a responder as múltiplas questões de uma prova, mas quando saímos e enfrentamos o mundo, o mesmo muda as perguntas. O segredo não é saber as respostas, mas sim em saber reformular as perguntas.

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